Pessoinhas queridas

domingo, 13 de novembro de 2011

Edredon

Oi gente querida.
No dia do enterro da minha sogra eu me recusei a olhar para o caixão, não queria vê-la ali dentro, me recusava a aceitar que ela estava ali, acredito que foi uma fuga, acreditava que se não olhasse ela não estaria ali. Não fui ao sepultamento, fiquei na recepção, estava no velório mas me recusei a ver o caixão baixar no túmulo. Sou fraca sim. Fiquei com minha amiga, aliás uma super amiga, costumo falar que ela é melhor que uma irmã. Falei pra ela que a minha sogra não estava ali, era só uma carcaça vazia. Estava totalmente atordoada, eu não reconhecia as pessoas, só as mais chegadas. Quando estava passando pelo primo do meu marido ele me chamou e falou que o neto dele havia nascido. Parabenizei-o. Ele falou que batizou-o com o nome de Hideki, nome do meu filho mais velho, em homenagem a mim. Aquilo foi um bálsamo no meu coração tão machucado, naquele momento parece que uma luz se acendeu no meu coração e voltei a respirar. Eu abracei tanto ele que acho que ele ficou um pouco assustado, Ou não, ele sabe que sou meio louca, já deve tá acostumado. Fiquei tão feliz com a homenagem que fui correndo comprar tecidos e fiz um edredon pro Hideki. Olha como ficou:

Eu adorei  o resultado. Foi feito com muito amor. Espero que ele goste.
Aos poucos estou retomando os meus trabalhos. Por enquanto foi só o edredon que finalizei. Beijos.